terça-feira, 5 de março de 2013

Morre o Presidente Venezuelano Hugo Chávez

     Agora que ele foi embora eu acho que posso expressar a minha admiração por esse homem. Afinal, realizou inúmeros projetos sociais que o tornaram um dos líderes mais queridos da história da Venezuela, e isso se vê na grande proporção de votos que recebeu do povo. Admiro-o também como animal político, por suas maquinações e pela sorte bizarra que ele parecia ter às vezes. Um verdadeiro Príncipe, no sentido maquiavélico da palavra. Também o admiro por ser a vítima do mais midiático(embora, infelizmente, não o mais recente) dos golpes de Estado da histórica recente da América Latina- e por derrotar esses golpistas e a direita carcomida da Venezuela. 2002 foi só um contratempo e a maré rapidamente virou. Hoje, a América Latina é dominada por governos esquerdistas- para o bem ou para o mal.
Claro que toda aquela manipulação constitucional fica bem, mas BEM fora dos limites do que é considerado "política normal." A política sisuda que os anglo-saxões fazem, onde, sabe-se, não acontecem muitas emendas constitucionais nem coisas ousadas desse tipo. A questão que fica aqui é: Será que a política normal é o único caminho? Será que é o melhor caminho? Se vimos recentemente que um grande estadista como Abraham Lincoln usou de politicagem muito bem-amarrada para passar sua emenda da abolição da escravidão, podemos nos perguntar se grandes mudanças são possíveis dentro das regras da política normal.
Pela importância de Hugo Chávez Frias para a América Latina, eu o saúdo. O que a América Latina, o que o Mundo, fará de seu legado? Boa pergunta.

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      Agora depois dessa homenagem relativamente curta, gostaria de mostrar que 2013, pelo visto, continua seguindo uma tendência particular aos últimos 2 anos: Nada faz sentido. Sério, todas aquelas coisas que davam uma certa estabilidade ao mundo desde os anos 2000 está se despedaçando e virando notícia. Deve ser isso; deve ter um grupo internacional de jornalistas ninjas assassinos que viaja pelo mundo matando personalidades influentes. Imagino eles com suas roupas pretas, óculos escuros e cabelo negros e sedosos com gel, na primeira classe de um avião-nah, mentira, eles tem um jatinho-, olhando em um jornal e dizendo: "Olha, essa tal Xuxa parece muito importante. Acho que ela deveria ser nosso próximo alvo." E tem, tipo, um negro, uma mulher gostosa e um cara branco e magricela. O negro e a mulher gostosa encontram o cara branco enquanto ele briga num bar e decidem chamá-lo. No começo, ele está cheio de dúvidas, acha a coisa toda completamente maluca. O negro é um cara engraçado, brincalhão, o alívio cômico da tropa. A mulher é séria, trabalhadora. Trabalhadora até demais; uma workaholic. Ela duvida do cara branco desde o princípio, enquanto que o cara negro acredita nele e o ajuda á treinar. Aos poucos ele ganha confiança em si mesmo, e até a mulher fica surpresa com como ele progride(embora tente não mostrar muito). Ela lhe confidencia que não tem um homem em sua vida desde o misterioso sumiço de seu pai, hà uns dez anos; foi então que, para superar o vazio emocional, treinou e cultivou a frieza emocional de uma assassina.
O branco se integra ao grupo e continua à progredir. O seu momento de auge vêm quando eles conseguem matar o Jô Soares, simulando um infarto, e o cara branco realiza a operação com perfeição. Naquela noite, a trilha sonora do filme(se não era um filme, passou à ser) muda do uso frequente de músicas de rap e sucessos do rádio dos últimos seis meses para uma música suave de piano enquanto o homem e a mulher tem um encontro romântico, que rapidamente evolui para uma noite de sexo tórrido à luz de velas, ao som de alguma música bem melosa, preferencialmente alguma balada de Michael Bolton. 
Daí o impensável acontece: a tropa se reúne para assassinar Pedro Bial fazendo-a engasgar em uma Bratwurst servida por Angela Merkel, que então pisaria em um fio elétrico exposto. Mas a operação dá errado e os dois escapam; a mulher se decepciona com o homem e temos uns cinco minutos de introspecção e briguinhas, além de uma nova montagem musical, filmada no píer de Los Angeles(cheio de gaivotas) com nosso herói jogando pedras no mar e pensando onde errou. Enquanto isso, uma tropa formada por ex-BBBs e liderada por Bial invade a base dos assassinos e mata o amigo negro, e captura a mulher. 
O herói branco encontra o homem negro morrendo, e temos mais uma cena emocionante enquanto ele finalmente deixa esse mundo. Agora é pessoal: o herói branco precisa encontrar sua coragem interior, e vencer esse último obstáculo para salvar a mulher que ama e seu melhor amig... ah não, pera, ele morreu. 
Ele invade a base de Pedro Bial(um laboratório no interior do Corcovado), se infiltrando por um duto de ventilação. Enfrenta seus capangas, distribuindo frases de efeito enquanto os derruba com os golpes que aprendeu com seu melhor amigo. Finalmente, encontra Pedro Bial no saguão do laboratório com a mulher, que grita muito e nem lembra a mulher forte que era no começo do filme. Pedro Bial, então, revela que é o pai da heroína, e que fugiu porque nunca a amou, ou algo assim. Ele duela com o herói. Após uma luta longa e terrível, o herói é jogado de um precipício(sem fundo, naturalmente), por Bial. Porém, vemos sua mão, agarrando-se à beira do abismo. Pedro Bial diz, "Mas não é possível! Eu te matei!" E o herói responde, "A única coisa sua que pode motar qualquer um aqui é a sua poesia!" e joga Pedro Bial no abismo, com uma voadora. 
Porém, Pedro Bial cai no fundo do poço, aterrissando em cima do botão de auto-destruição, que começa à explodir o laboratório. O herói desamarra sua garota, pega um jipe e dirige pelo laboratório que desaba atrás dele(aliás, atrás dele) até que, finalmente, eles vêem a porta, mas que está depois de um abismo. O herói pisa forte no acelerador, e lembra de uma frase tocante de seu mentor negro. Eles pulam o abismo e escapam! O jipe aterrissa bem na Vista Chinesa, e nossos heróis se beijam vendo o pôr do sol.
Temos um epílogo passado seis meses depois. O herói e a heroína estão em uma praia nas Bahamas, mas sentem falta da vida de assassino, então, o nosso herói abre um jornal e vê uma foto do Presidente Obama. Ele abaixa os óculos escuros e sorri. A última música é um tecno acelerado, frenético e pesadão, tocando por sobre os créditos.
Cara, eu tenho que começar à dirigir filmes.

Franco Alencastro assistiu muita sessão da tarde quando criança.

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