quarta-feira, 13 de março de 2013

Uma palavra ou duas sobre o Papa Latino-americano

Choveu doce-de-leite em Roma quando foi anunciado hoje, quarta-feira, 13 de Março do ano de Nosso Senhor 2013, que sim, Habemus Papam, e ele é argentino. Não é qualquer argentino: é Jorge Mario Bergoglio, portenho de 76 anos, jesuíta. 
É o primeiro Papa jesuíta da história, o que talvez marque a paz definitiva entre a Companhia de Jesus e a Igreja Católica, que não via com muitos bons olhos aquele negócio de ensinar índios à tocar violino e acolher o Robert De Niro.
Piadas à parte, o fato de ele ser Jesuíta traz perspectivas interessantes sobre o papel da Igreja nos próximos anos. Pode significar um realinhamento da Igreja Católica na educação dos jovens, e uma modernização de suas doutrinas para acompanhar. Mais ainda, o fato de esse papa ser latino-americano de um país em desenvolvimento, talvez signifique que o papel social da Igreja Católica, que, vale lembrar, é a maior organização de caridade do mundo(engole essa, Bill Gates), se encontre fortalecido. É um quadro muito mais interessante e encorajador do que o moroso papado de Bento XVI e sua flácida condenação de tudo que é moderno. 
Essa vontade de modernização aparece forte nesse ano que é o primeiro após o suposto "fim do mundo" de Dezembro de 2012. Um Papa é o primeiro à renunciar em 600 anos, o outro é o primeiro não-europeu em 1300(o que levanta a questão, quem era esse não-europeu? A mídia geralmente se concentra em manchetes vazias e esquece de dar o resto da informação). Terá esse fim do mundo sido apenas a data marcando o início de algo novo? O declínio da Igreja Católica terá chegado ao seu fim? 
Só o tempo dirá. Eu sou Franco Alencastro, transmitindo direto de um mundo se apegando às suas últimas esperanças.

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