terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Direitos dos Animais

Olá e Bem-Vindos à cobertura oficial do Literabytes em Brasília. Aqui você encontra as notícias mais importantes do que se passa no dia-à-dia do Congresso Nacional.
O novo Presidente do Senado, Rex, pertencente à família Almeida de Uberlândia, Minas Gerais, tomou posse hoje, exatos seis meses depois de ser aprovada a controvertida lei que concede cidadania total aos animais residentes em solo Brasileiro. O novo Censo, cujos primeiros resultados foram divulgados nessa Segunda-Feira, indicam que a República Federativa do Brasil é hoje lar de 2355 milhões de Brasileiros, dos quais menos de 10% é humano. Como consequência, as estatísticas de saneamento básico, analfabetismo, e desemprego são hoje as piores já registradas na história do país. Procurado para comentar sobre o assunto, o ex-Presidente Lula disse: "No meu mandato não era assim."
Na pauta de hoje, estavam vários projetos de lei, como um que criminaliza o uso da palavra "animal" como ofensa, além da regularização da profissão "cão de guarda", e a integração dos golfinhos de parques aquáticos na categoria Artista. Questionado sobre se esses novos profissionais serão enquadrados na legislação trabalhista Brasileira, o deputado Galileu declarou: "Cocoricó-có-có, có-có-có-ricó-có!". Uma nota de tradução não foi divulgada. O deputado José Sarney¹, por outro lado, disse que em breve trará para a pauta um projeto de lei que flexibiliza as leis trabalhistas brasileiras, permitindo pagar os animais em milho, brinquedos de plástico ou carinho, dependendo da espécie. "Essa lei já é adotada em todo o Maranhão. Na minha fazenda, por exemplo, todos os peões são pagos em feijão", disse o deputado, logo antes do deputado Teco-Teco (PT-GO) fazer cocô em seu terno.
A Revista Veja criticou a medida, dizendo que os animais são dependentes de comida e assistência que recebem dos seres humanos, e por isso são eleitores naturais do PT. O colunista Diogo Mainardi, de volta á revista desde Fevereiro, também acusou o Senador Renan Calheiros, um de três humanos em todo o Senado(junto com José Sarney e o senador Jarbas Passarinho, no qual muitos pássaros votaram por engano, achando que era um dos seus), de se utilizar de nepotismo. Apresentou como prova o fato de que em seu escritório trabalham três peixinhos dourados, um gato malhado, um boi zébu e uma arara, todos habitantes de seu zoológico particular antes da promulgação da lei. Uma carta enviada à revista por um anônimo, porém, apoiou a nova lei: "Agora sim vou poder processar o meu gato por todos os sofás que ele estragou." disse A.F., de São Gonçalo, RJ.
Essa nova situação traz muitas questões, por exemplo: Já que gatos e cachorros envelhecem à aproximadamente 7 vezes a velocidade dos seres humanos, poderão coletar aposentadoria à partir dos nove anos de idade? E os elefantes, precisarão esperar mais?
Hoje foram necessárias 26 moções de ordem, quase todas causadas pela conjunto dissonante de miados, balidos, rugidos e latidos, estes últimos quase que inteiramente vindos do Deputado Jair Bolsonaro. À partir de meio-dia, as duas câmaras começaram á se encher de dejetos e a sessão teve de ser suspensa.
Em outra nota, no final da tarde os protestos tomaram conta da Praça dos Três Poderes: lá convergiram 350 milhões de formigas(estimativa da polícia: 100 milhões), pedindo o direito ao voto, já que a Constituição considera os insetos uma categoria separada dos animais. Estima-se que se esse direito for concedido, a população brasileira chegará à 10 trilhões de habitantes, dos quais 98% serão insetos. O escritor Ferreira Gullar comentou: "Dizem que se dermos o direito de voto aos insetos, o Congresso vai se encher de formigas e baratas. Sinceramente, não vejo muita diferença da situação atual."
De fato, em um país com tanta gente sem espinha, um Congresso de invertebrados não seria inapropriado.

Franco Alencastro tomou a pílula vermelha, e acordou sem um rim.

¹Não, nem nesse mundo de fantasia escapamos do Sarney.



Um comentário: